quinta-feira, 28 de junho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Agustín

Agustin

Sete gajos reunidos em torno de uns bifes e umas cervejas. Um dizia que era Los Angeles. “Em L.A. vi as melhores gajas da minha vida”. Outros contrapunham com Nova Iorque, Lisboa, Paris ou Estocolmo. Deve ter havido Moscovo ou Londres ao barulho também. [“L.A.” bramia o outro com a cara em cima do que por azar calhou ao seu lado exibindo aquele defeito irritante – tão bem descrito neste episódio do Seinfeld – dos que não conseguem comunicar com o (nariz do) próximo a mais de 5 centímetros de distancia]. Parecia uma daquelas picardias entre putos em que cada um assegura que o carro do seu pai é mais potente que o dos outros ou que o seu irmão maior é mais valente que os demais. Porque afinal, em cada uma daquelas opiniões havia uma expectativa marialva desejosa de explanar uma narrativa épica de uma qualquer conquista russa, francesa ou americana com desenlace na sua própria cama. E eu, meio convicto meio a medo:
- Madrid, talvez Madrid.

E Madrid tem, verdade seja dita, algumas das mulheres mais bonitas que já vi um dia. E damo-nos conta disso ao percorrer o Barrio Salamanca pelo final destas tardes quentes quando a temperatura ameniza e se consegue andar na rua sem suores ou manchas e nos sentamos numa qualquer terraza e lhes explicamos, em plan de conversa de chacha, porque é que – à semelhança do que sucedeu com uma qualquer armada invencível há mais de 400 anos – talvez lhes corra mal o jogo de quarta-feira. E fazia a Serrano à conversa quando terão passado uma boa meia dúzia dessas mulheres cuja recordação me havia feito pensar em Madrid como a cidade ideal para a tal discussão pueril entre bifes e cerveja. E talvez, por efeito de uma tal banalização da beleza feminina, começasse a não fazer caso dela. Como se já contasse com ela. Como se, ao contactar com ela de forma tão rotineira já a sentisse mais que, simples propriedade da cidade, minha pertença também. E eis que, ao dobrar a esquina  com a Ortega y Gasset, vemos o Agustin. E comento para o lado “parece o Hemingway”. E, se a memória não me falha, disse-lho a ele também que, como já é usual nestes momentos, terá ficado longe de me levar a sério (como também não levou a rapariga que faz capa deste livro, quando lhe proclamei excitado, a minha paixão pela sua fotografia). Mas foi esse o efeito. Um efeito forte. Um efeito sobre quem fica com a impressão de que “este gajo não podia estar simultaneamente tão bem vestido e descontraído”. Tão forte que nos eclipsou. Que nos eclipsou aquela vivência já tão assumida que ganha a forma de direito adquirido de nos cruzarmos com algumas das mulheres mais bonitas desta vida. As tais que me serviam de pretexto para me afastar do close talker e dizer-lhe:

E se há tema que eu e o meu companheiro de passeio levamos muito a sério são mulheres bonitas. Mas naquele preciso momento, através do Agustin, parecia que aquela cidade de mulheres bonitas nos queria dizer que valia mais que isso. Que valia mais que qualquer atributo que lhe justificasse ser evocada para uma qualquer conversa pueril entre bifes e cerveja

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Delícia marinha

Delícia marinha


[esta publicação pode ser vista aqui também]

sexta-feira, 15 de junho de 2012

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Gabi

Gabi


[esta publicação pode ser vista aqui também]

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Mike (Porto, Rua da Alegria)

Mike

conheci o Mike em Florença, há três anos, numa viagem que ficou narrada num arquivo deste blogue

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Fotógrafo a brincar fotografa fotógrafo a sério

Fotógrafo a brincar fotografa fotógrafo a sério

e o trabalho do fotógrafo a sério pode ser visto aqui

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A cor do amor

A cor do amor


[outros tons desse mesmo amor para ver aqui também]

domingo, 3 de junho de 2012

sexta-feira, 1 de junho de 2012